31 de dezembro de 2014

Li: Cidades de papel


Olá pessoas! Vim escrever sobre minha última leitura do ano. Tinha curiosidade em ler outros livros do João Verde, pra saber do que se tratava. A leitura é leve, no começo me senti em As culpa é das estrelas. Nesse quesito, fiquei bem à vontade. Não tem palavras difíceis ou quaisquer outras barreiras. Os personagens também são muito parecidos com A culpa é das estrelas. E pelo que vi, parece que é praticamente a mesma história em todos os livros, só muda os personagens e alguns detalhes (tipo Malhação -_-). Gente, que ódio que eu tive da personagem que é affair do personagem principal! Ele passa o livro inteiro procurando essa condenada. Ela é o centro das atenções. Deu vontade de rasgar o livro, sério, mas não era meu. E quando ele não está procurando-a, é seu único assunto. Coitado dos amigos dele viu! Só li até o fim pra saber no que ia dar, já que ele procurou tanto... Devia ser um fim muito foda. Mas nem foi. Fiquei me perguntando: "Vai ter o 2?" Que isso hein John? Ainda assim, to muito a fim de ler O Teorema Katherine, que parece ser bem legal (li o começo). E de se esperar: o casal adolescente, amigos e blá blá blá. Metáforas e infinitos. Tão previsível...

Já estou com uma fila de livros para ler em 2015 e to amando isso. É uma das minhas metas: Ler mais ❤️
Enfim... Não recomendo Cidades de papel!
Feliz ano novo, muita LUZ e muitos bons livros!!!

23 de dezembro de 2014

Cartinha pro Papai Noel




"Meu querido Papai noel eu queria o meu material escolar e um chamequinho escolar e uma caixa de lápis de cores e uma caixa de canetinhas para pintar. Eu te amo. Assinado: Charles"

Finalmente realizei um sonho de pegar uma cartinha nos Correios. Nem sabia que existia esse sistema aqui na cidade. E quase acertei. É que só havia essa cartinha. Mais especial não poderia ser. Afinal, eu também não tenho muito para dar. Se fosse uma bicicleta ou PlayStation, por exemplo, estaria ferrada. Gente, ele poderia ter pedido qualquer coisa! Vocês sabem como as crianças são... Mas só quis o material escolar. Pegamos a carta ontem e já conseguimos quase tudo! Algumas coisas tínhamos em casa. Charles vai ganhar até um pouco mais do que pediu ❤️ E sou muito grata a todos que estão ajudando de alguma forma e, principalmente a ele por acreditar no papai noel e nos dar essa oportunidade. É incrível a inocência de uma criança. É incrível o espírito de natal. Amo toda essa magia. 
Estou aqui para mostrar como é fácil e como faz diferença ajudar alguém que precisa. Não precisa ter muito. As vezes é algo que você tem em casa e nem usa. Poxa, eu queria que todos os meses fossem natal!
Faça diferente esse ano... Faça uma criança feliz!

20 de dezembro de 2014

Sites para downloads de livros


Chama o SAMU!
Porque um garoto de 11 anos, de férias, te pedindo dicas de leitura e sites para download de livros, na verdade, isto é um assunto de extrema urgência.
Como bibliotecária, baixar qualquer obra grátis só dentro da lei, com os direitos autorais liberados, mas por experiência própria, acredito que a facilidade que internet nos proporciona é uma das melhores opções pra um primeiro contato com a leitura e estimula o gosto (a gente também quer ler John Green e companhia) e por consequência o consumo de livros físicos (até porque ler em computador, celular ou tablet é um saco!).

Dentro das "regras" existe o Portal Domínio Público, são mais 189 mil títulos em obras de domínio público ou devidamente cedidas por seus titulares de direitos autorais.


O Le Livros é de um grupo de estudantes que moram em Portugal. E o legal dele é que você pode reportar erro e até mesmo contribuir enviando conteúdo.


No PDF Livros estão livros enviados e liberados por autores e onde as editoras disponibilizam trechos de obras.



Acho que dá pra quebrar um galho por um ou dois meses, né?
Todos os sites estão em perfeito funcionamento, aumentei minha lista de leitura enquanto fazia o post.
Sempre carrego um livro em suporte papel e outro no tablet, assim tenho leitura para o dia e para a noite (é chato manter as luzes do ambiente acesas durante a leitura quando basta o brilho do dispositivo).


16 de dezembro de 2014

Unhas da vó Inês

Oitenta e quatro anos de pura vaidade e vontade de viver. E olha que ela não gosta de cores de vovó não! Aliás, de nada para avós. Esses dias minha tia comprou uma sandália preta (dizendo que combina com tudo) e ela: "Maninha, num tinha vermelha não?" Quase toda tarde quando vou pra lá ela ta toda maquiada. Pinta até a sobrancelha, que ta branquinha. Gente, é com direito a blush e tudo!

Essa foi a escolhida por ela mesma, no período da copa do mundo. Muito moderna, né? Haha. Essa minha avó...

Sua cor preferida de esmaltes é azul. Sempre a vejo mais com azul, rosa, e as vezes vermelho ou vinho. Faço questão de ir lá toda semana pra ver sua escolha. Ás vezes minha tia até manda a foto da unha quando acaba de ser feita, hha. 

Não é a coisa mais fofa do mundo essa mãozinha? 😻 Gente, minha avó merecia um post todos os dias! Um blog só pra ela. Pensem numa figura... 

2 de dezembro de 2014

Olá, blog!


Vivo no mundo blogueiro desde que ainda nem me entendia por gente, e este foi o único blog a sobreviver aos anos. Vendo os espaços entre as postagens, hoje percebo que ele sempre funcionou como terapia, pois a maior parte dos posts foram feitos em épocas em que não estava frequentando psicólogos. Como em 2008. Em dezembro de 2007 me formei em Biblioteconomia e, totalmente desiludida do curso, fiquei sem saber o que fazer da vida, virava as noites com o Cadu (saudades de você, garoto) jogando Gartic. 2009 começou com um voluntariado na Biblioteca Municipal de Cascavel, até então tava com ranço (como diria Paulo Gustavo) de biblioteca, me apaixonei. Porque não era trabalho, era uma causa. Como adotar um cachorro de rua. A prefeitura sempre havia ignorado a existência da biblioteca, quase não tinha apoio, e quando tinha, era dos próprios funcionários, que praticamente pagavam pra trabalhar ou de algum "militante" da causa. Eles só não pagavam o aluguel do prédio e o salário dos funcionários, mas material de serviço e de limpeza, por exemplo, ficavam por conta deles. Ser exposta a tanto amor me comoveu. De repente estava contratada e assumindo uma biblioteca comunitária, onde o prédio ainda estava sendo construído, em uma bairro de risco.
Foi também o ano que reencontrei virtualmente o Pablo. E diferente da outra vez, a gente se deu super bem, a ponto de ser meu primeiro e último pensamento do dia (enquanto trocávamos 50 e-mails durante essas horas). Minha avó foi diagnosticada com câncer e os médicos disseram que ela só teria mais 3 meses de vida, foi desesperador. Vivíamos praticamente sem a mãe em casa, eramos eu trabalhando, a Amanda no colégio e o pai também tendo que trabalhar. As chefes da minha mãe a liberaram pra que ela ficasse com a vó o tempo que fosse preciso. Ao mesmo tempo em que cada um vivia o seu próprio inferno particular.
Os três meses que o médico havia dado duraram um ano, e a gente aproveitou até o último dia a companhia incrível daquela mulher incrível. Penso nela todos os dias e a cada dificuldade imagino o que ela faria no meu lugar e sigo em frente. Minha inspiração, meu exemplo de vida, de mulher, de ser humano.
No que passou o tempo, meu relacionamento com o Pablo ficava cada dia mais intenso e isso me assustava, nunca tinha vivido nada igual. O combinado era dele passar um ano no Peru e vir pro Brasil pra ficar. Mas nas vésperas do prazo desse um ano terminar, ele recebeu a proposta de emprego dos sonhos e resolveu que ficaria pra ver no que dava. Eu quis desistir, mas fui convencida de que daria certo.
Mudamos de endereço. Na verdade, o que mudou foi só o número da casa. Continuamos na mesma rua, só que agora temos um quintal maior e uma varanda!
O ano é 2011 e comecei na terapia, mas eu gostava mesmo eram das conversas com o psiquiatra. Foi um ano bem louco e cheio de surpresas (quase todas não tão boas). A melhor, e continua sendo até hoje, foi a vinda da Estopinha, nos demos bem logo de cara, temos personalidades muito parecidas. Pouco tempo depois fui à Brasília SOZINHA fazer uma prova, um desafio grande pra quem não larga a barra da saia da mãe. Adotei mais uma gata, a Meg, estava no trabalho e ouvia um miado, olhando pelas imagens das câmeras no computador, pude ver de onde vinha o barulhinho, ela entrou na biblioteca e ficamos um olhando pra cara do outro como se perguntasse "e agora, o que a gente faz?", pus nos braços e trouxe pra casa. Voltei pro inglês e finalmente terminei o curso. A Elisabeth, mãe do Pablo veio ao Brasil e a conheci. Passamos o fim de ano numa casa lotada de gente na praia. Ainda assim, me sentia só, Pablo havia decidido que sua vida seria mesmo longe da minha. E a grande resolução de ano novo foi não voltar ao trabalho em 2012.
Ano novo, psicólogo novo. Além de muito doido - sinto falta do Henrique e daquela loucura contagiante. Era a hora de fechar ciclos pra receber coisas novas, então, vamos ao Perú? Tive tempo pra preparação psicológica, comprei as passagens e estreei 2013 em grande estilo. Lima é linda, gostaria de ir lá mais vezes. Pablo foi incrível, tornou minha estadia naquele país inesquecível. Pena que foram apenas seis dias. Voltei com gostinho de quero mais, mas nem só de promessas sobrevive o amor. Acabou, e dessa vez foi pra sempre.
Nessa época já tinha voltado com o blog, sentia necessidade de me expressar, mesmo sem saber que assunto abordar, sem ter o que escrever. Sabe quando dá uma vontade e você não sabe exatamente do que? Pois é!
Enfim, sinto que "atualizei" o blog. Assim foi a minha vida durante os anos que estive fora da blogosfera.

Não falei da Suria, que era a cachorrinha obesa da minha tia e veio parar aqui. Fica pra uma próxima história, que será só dela...