11 de fevereiro de 2016

Eu, no país maravilhoso da Alice


Eu e Amanda recebemos uma missão: a de gravar um vídeo dando um depoimento sobre a Alice. Senti uma mistura de pânico e felicidade. Pânico por ter de falar pra uma câmera (odeio câmeras) e felicidade porque é o que ela transmite sempre que nos encontramos. Mas, o que dizer? Meu pai deu a ótima ideia de escrever tudo no papel, depois resumir tudo. Então, é o que estou tentando fazer.
Hoje ela disse algo que eu já sabia há muito tempo: que é especial. Também sei que é funkeira, engraçada, vaidosa e a mais linda do mundo! Levou um ano pra conquistar sua confiança e pouco tempo pra ganhar nosso coração. Desejo tudo de melhor que o mundo pode oferecer e espero poder estar por perto quando acontecer. O aniversário é seu, mas o presente é nosso por fazer parte, um pouquinho que seja, da sua vida.

6 de fevereiro de 2016

Todo amor merece respeito


Costumamos associar o bullying à escola, infância, vergonha, corpo. Mas pouca gente se dá conta de que ele continua a acontecer na vida adulta e se concentra em diferentes áreas. Conta bancária e relacionamentos amorosos, por exemplo. Quando se é julgado pelas coisas que tem, seu telefone precisa ser o último modelo de Iphone. Eu nunca me liguei nessas coisas, se puder, até evito. Mas se você não usa os acessórios da moda e nem frequenta tal balada, você é o "patinho feio" da turma. Podem me chamar de esquista, mas se o que tenho é o que define se as pessoas vão gostar ou não de mim, prefiro assim (falou a diferentona). E aí, já casou? Quem, depois dos 25 não ouviu essa pergunta, que atire a primeira bigorna do alto de um precipício no meio da cara.
Casar nunca esteve nos meus planos, se aparecesse alguém que valesse a pena, moraria junto, no máximo. Filhos, então, só se o cara fosse o mais incrível do mundo. Claro, nunca conheci esse homem, se é que ele existe... O fato é que agora estou sendo "hostilizada" por declarar e dedicar amor aos animais (tenho três gatos, cuido deles o máximo que posso, a Estopinha, minha "primogênita", dorme todas as noites comigo na cama. A Meg é asmática, mais fluente em italiano do que em "miês" - os veterinários são italianos - de tantas as vezes que a levei à clínica veterinária com ela em crise. Por fim, o Max, filhote da Meg, que já está com os dias contados pra ser castrado). Enquanto pessoas da minha idade, ou mais novas, estão construindo uma família (ou seja: minhas amigas estão parindo), eu passo meus dias fotografando meus bichinhos (sim, também tenho três cachorros). E isso incomoda tanto, que elas se sentem no direito de diminuir o que sinto e faço por eles, afinal, são apenas "bichos". Ninguém consegue entender que são vidas a quem dôo grande parte da minha. Tenho plena noção que amor de mãe é desmedido, eterno, incondicional... Enfim, não é pra comparar, só peço que me respeitem. Acho o cúmulo, quando comento sobre "os meus bebês" e a criatura solta a pérola: e quando morrer, heim? A minha vontade é de voltar com a mesma pergunta em relação ao filho dessa pessoa, sinceramente. Só não o faço porque sei que geraria polêmica.
Talvez eu nunca venha a engravidar, nem tenha minha própria família. E mesmo que tenha feito outras escolhas, o desdém com que me tratam, às vezes dói.