9 de fevereiro de 2017

Ó o gás!


Que direito as pessoas pensam que têm em ditar o que é certo e errado na minha vida e na sua?
Discordar de uma atitude sua é direito meu, mas se não me agride, não interfere na minha vida, por que caralhos devo apontar o dedo na sua cara e sugerir que você se mate?
Aconteceu ontem comigo no YouTube num vídeo onde o Axel, O Alemão, reagia ao funk "ó o gás". Comentei que fazia aulas de dança (dentre elas, o funk) todos os dias e não sabia da existência dessa música. Meu irmão, pra quê? Foi uma chuva de "meus pêsames", "se mata", "desperdício de dinheiro"... Caí na besteira de responder e me vieram com a resposta de que o funk só fala de putaria, não trata a mulher com respeito, promove a bandidagem, materialismo, grana e sexo fácil.
Até concordo que muito funk, ousaria dizer que a maioria que a gente conhece, faz isso mesmo. Mas as versões que a gente dança são aquelas mais leves, que diz "meu PAI te ama" e tal. Ou seja, o único contato que tenho com esse tipo de música é esse. Afinal, não é o estilo musical que costumo ouvir em casa. Aliás, muitas dessas músicas só fico conhecendo a letra no canais do gringos. Tipo: todos os dias fazia a coreografia de Bumbum Granada, mas nunca tinha parado pra escutar, nem saberia procurar pela letra na internet, juro, não tinha prestado atenção até o Alexei, O Russo, reagir ao clipe dela.
Mas voltando ao "Ó o Gás", cara, que mal teria se, de fato, gostasse da porra do funk? Acho que a única pessoa prejudicada ao ouvi tal coisa seria eu, não é? Além do mais... rola, buceta e cu, quem não tem, já viu, então, pra quê tanto rebuliço? Sugeri que não fizessem aulas de dança, aí veio alguém e disse que só estavam rindo de alguém por fazer aula de uma coisa tão incomum e que eu não deveria problematizar o assunto. Primeiro, me espantei por EU, Itanna, ter problematizado alguma coisa, quando na verdade tava só me defendendo. Depois, quis explicar pra essas pessoas que a dança foi a forma que o meu corpo encontrou de expulsar alguns dos meus demônios, a depressão, por exemplo. Não que ainda não sinta, porém, já não dependo de remédios pra ficar "legal". Mas não conseguiria fazer com que essas pessoas, que se agarram a um par de músicas e resolveram que delas poderiam julgar todas as outras, entendessem o meu ponto de vista. Não valeria o desgaste.
As coisas são tão maiores do que as nossas convicções. Nem eu provaria que o funk poderia salvar uma vida, nem eles me fariam acreditar que a solução seria tirar a minha.

Um comentário:

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