16 de agosto de 2016

O que deu errado com o Esquadrão Suicida?


Não sou fã de quadrinhos, do Batman, da DC ou de sair do conforto do meu quarto pra ir ao cinema. Mas quem me conhece sabe que a única pessoa que me tiraria de casa pra assistir tudo isso junto seria o Jared Leto. Desde que confirmaram que seria ele a dar vida ao maior vilão de Batman estava na ansiedade de vê-lo com cabelos verdes, dentes cromados, com mais tatuagens do que nunca, sem sobrancelhas e todo delicinha.
Então, na semana de estreia estava eu lá, na primeira fileira de cadeira (quase fui sentar no chão, pra ficar mais a vontade).

O mote é o seguinte: um grupo de vilões é reunido pra missões extra-governo. Ou seja, fora do protocolo militar americano. Pra quando desse uma merda grande e não houvesse mais saída nas confusões, "chama lá os cara doido pra ver no que dá". Acontece que o membro mais promissor do grupo se rebela e quer foder a porra toda.


Estávamos todos esperando por algo sombrio, pois foi o que prometeram desde o início. Mas entregaram praticamente uma comédia romântica. Romantizaram tanto os personagens que quase sonhei com o Crocodilo me acordando de um sono profundo, com um beijo. Gente, eu queria ser amiga da Arlequina e sair pra fazer compras com ela. Quase chorei com a história do El Diablo. A cena do bar, fosse melhor explorada, teria explicado muito do filme. Coronel Flag, é nós, mano! Katana, mulher, se não tivesse assistido Arrow, ainda estaria sem saber o que tu tava fazendo no meio desse povo.


O que foi o Batman com o Pistoleiro na apresentação? O cara lá de boa com a filha, aparace o Batman pra quebrar o pau. Que decepção! O Batman nunca faria aquilo. Até porque, quem tá ligado na história de Batman sabe que foi mais ou menos numa situação dessas em que ele perdeu os pais. Achei super "antiBatman".
Teve também o cara que se juntou ao esquadrão só pra morrer, não deu tempo nem de saber o nome dele pra botar aqui. Tipo: o cara fazia parte da "Waller Gang", mas de tão insignificante, não foi nem apresentado como os outros. O que dizer de Capitão Bumerangue? Sua participação foi salva pelo unicórnio. Quer dizer, um filme sobre vilões e tudo o que consigo enumerar são as fofuras, onde tá a lógica nisso?

A trilha sonora nada a ver. Muita música, diferentes referências... poluição sonora.

Pouca dose de Coringa Leto. As aparições eram tão rápidas e raras, que fiquei pensando no desperdício de tanta dedicação, só pra colorir os flash backs da Arlequina. O fato é que esse personagem não cabia no filme, de tão grande, merecia um só pra ele.


Na verdade, o excesso foi o que cagou. Afinal, de que adianta juntar tantas personalidades de mostrá-las de forma tão rasa?

E a pergunta que não quer calar: onde estava o Batman enquanto a putaria acontecia?

Parece que o estúdio interferiu na versão final e deu nisso. Tem aqui um vídeo que mostra cenas dos trailers que foram cortadas por serem "pesadas demais", se deu pra perceber os cortes de três minutos de trailer, imagina o quanto de filme foi ralo a baixo. O próprio Jared contou que gravou um monte de coisa que não entrou no final. Uma pena.

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