22 de setembro de 2016

Eu, que não sei amar...


Hoje concluo que meu amor é cético. Para mim, sempre foi mais seguro não acreditar nele. Nessas horas prefiro ser racional.
Posso visualizar o amor sentado no chão frio de um quarto escuro, com a cabeça apoiada nos joelhos.
Solitário.
Concordo com Steven Tyler quando canta que "o amor é o amor refletido". Talvez, assim ao olhar no espelho (ou nos olhos de alguém) e enxergar ali o reflexo do amor, desse para crer.
Se Deus é amor e está em todas as partes, por que não está aqui?
Vai ver, é minha falta de fé. Possivelmente, é medo da dor. Pois, contraditoriamente, apesar da descrença, sublimo demais esse tal amor.
Quisera um dia abrir uma janela para que entre o sol iluminando esse vazio. Tirar o mofo. Esticar os músculos. Ver e tocar o amor.


Achei esse texto remexendo uns papéis antigos, muita coisa aconteceu desde então. Mas o mofo tá começando a acumular novamente.

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